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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

O Filósofo Suicida - Seria a imortalidade realmente uma bênção?



O Filósofo Suicida
Leonardo de Andrade
Em Foco Editora



 Alguém já pensou em ser imortal? Mas, alguém já pensou em como a imortalidade pode ser tediosa, cansativa e dolorida? Pois bem. Esse livro fala de um “imortal”, Lars Justino, que no final das contas, “cansado” de sua existência sem fim, das tentativas de acabar com ela, vai buscar a morte, depois de ver na tv o seguinte anúncio:



“Vendo Verdades. Venha nos visitar na cidade Inferno, sul de Amarelense, oeste de Mundano, pertinho de Calor."



 E lá se vai o Lars, buscando a “verdade”, chegando à pequena cidade de Abismo, decadente, fracassada, onde sentiu sua sombra, que era sua alma, ser puxada, o que lhe causou grande susto.


 E nessa viagem, nessa louca e delirante busca por, na verdade, respostas, ele encontra personagens estranhos, engraçados, remoe fatos de sua longa e cansativa vida, vive “aventuras”, tendo Anna Anedota a seu lado.

 Esse livro me lembrou muito as histórias de O Mágico de Oz e Alice no País das Maravilhas. E me deixou um pouco confusa, pensativa em relação à minha própria existência, em como, por vezes, me sinto cansada de viver.

 Não é um livro fácil de se ler. Pelo menos para mim foi necessária muita reflexão, mas é assim que sou, uma analista da literatura.

 Fiquei particularmente impressionada com essa passagem:



- Eu não sei, Anna. Por tanto tempo, tudo que sonhei foi morrer e finalmente acabar com esta coisa, esta dádiva que muitos chamam de vida. Busquei fervorosamente a Verdade. E Verdade não se mostrou...

- Como tu és um bobão, Lars! – Anna riu, abraçando- o mais uma vez.

- Estou vivendo de tempo emprestado. Quero meu próprio tempo. E poder saber que um dia fecharei meus olhos ao teu lado, indo junto contigo na imensidão. O que vai acontecer quando tu fores?”



 E entre tantas incertezas Lars ainda encontrou o amor.
 Mas uma coisa o livro deixou bem clara:



“A jornada do herói sempre chega ao fim.”



É... Mas o que sei eu? Sou apenas um velho gato, olhando o horizonte, e dormindo em uma tarde serena de verão.”






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